Tour no Marrocos: Deserto do Saara – Dia 2
Post feito em parceria com Saha Tours
Depois do primeiro dia de passeio bem aproveitado e de uma noite bem dormida no Dar Essyaha Hotel Restaurant, despertamos para iniciar o segundo e mais esperado dia desse tour pelo Marrocos, rumo ao deserto do Saara.
Nos levantamos por volta das 7:30h e nos dirigimos para a parte do hotel onde faríamos o nosso café da manhã. Mas antes, você se lembra quando disse que o hotel ficava na garganta de Dades (ou Gorges du Dades)? Pois bem! Fomos antes até a varanda do hotel para ver a quanto estávamos de altura. E veja só a vista que pudemos ter do nosso hotel…
Sim! É uma vista encantadora e inspiradora para começar o nosso segundo dia.
Nos dirigimos então a nossa mesa para saborear nosso café da manhã. A mesa já estava posta e as comidinhas começaram a chegar: café, suco, ovos, geléias e um pão típico do café da manhã deles que parece muito com um crepe feito de massa folhada, só que sem muito sabor.
Em seguida, pegamos nossas mochilas, subimos em nosso carro junto a Youssef e começamos a nossa viagem. A primeira parada foi uma curiosa formação rochosa chamada por eles de dedos de macaco. Acho que pela foto você consegue entender o porquê. Mas sinceramente eu chamaria de “palmas de macaco”, parece muito mais a parte da palma com suas dobrinhas do que apenas os dedos, não acham?
Enfim, longe de mim querer nomear um atrativo deles…
Seguimos viagem e paramos em um povoado próximo ao nosso hotel. Uma cidade maior com comércios, mais habitantes e uma linda vista de seu vale.
Continuamos nosso caminho! Todo o percurso que fizemos estava repleto de lindas paisagens. Nossos próximos destinos agora, eram Gargante de Todra (ou Todgha Gorges) e Merzouga. Mas até chegar a eles passamos por regiões de palmeirais, construções típicas berberes chamadas Kasbah e vistas panorâmicas incríveis.
Sinceramente ficamos impressionados com a grandiosidade de Todra. É uma espécie de desfiladeiro com água correndo ao centro de elevações montanhosas e um charmoso hotel restaurante ao lado.
É uma espécie de canyon localizado na parte leste das montanhas do Alto Atlas. O rio de mesmo nome, Todgha, esculpiu a chamada garganta entre as montanhas num percurso de aproximadamente 40Km. Os últimos 600m formam a parte mais bonita dele e a que será visitada por você. Quando estiver lá, se prestar atenção, poderá ver pessoas escalando as encostas.
O lugar é definitivamente muito bonito e propicía uma sensação incrível de paz e tranqüilidade.
Depois de conhecer Todra e passar por Merzouga, chegamos ao povoado de Euford. O povoado que encontra-se às portas do deserto. E ali nos aguardava uma grande e carinhosa surpresa.
Como parte do tour, existe uma parada de almoço (não incluído no pacote) que deve ser feita em algum povoado pelo qual você passar. Mas em nosso caso, foi diferente. Youssef nos convidou para almoçar em sua casa, na casa de sua família.
É claro que não poderíamos dizer não. Ao contrário, ficamos verdadeiramente contentes e comovidos com tamanha hospitalidade com a qual Youssef nos acompanhou durante o tour e nos recebeu, junto a parte de sua família, em sua casa.
Aqui provamos outra especialidade da gastronomia de Marrocos. Provamos o cuscuz marroquino. Ele é feito com um grão maior que trigo e menor que o arroz. Mas lembrava muito arroz quebrado. Faz parte também desse prato os legumes, e uma carne. Veja como é!
Após essa saborosa refeição e conhecer parte da encantadora família de Youssef (principalmente um pequeno garotinho envergonhado que ficava o tempo todo nos observando pela porta, rs) seguimos para um lugar que era museu e também trabalhava com a preparação de fósseis encontrados no deserto.
Tivemos uma pequena aula de como eles extraíam o fóssil do mineral e depois, vimos o pequenino museu. É claro que tem sempre uma lojinha no final. Aproveitamos para comprar um fóssil de concha.
A esse ponto estávamos explodindo de ansiedade: queremos o deserto, queremos o deserto, queremos o deserto, queremos o deserto!!! Não víamos a hora de chegar àquele que era o ponto alto desse passeio.
Subimos em nosso carro e após mais alguns minutos e uma estrada não mais asfaltada, começamos a ver surgir no horizonte as pontas das primeiras dunas douradas. Meu coração começou a acelerar e eu pensava… Caracas, eu vou mesmo pisar no deserto do Saara!!!
Paramos o carro em um ponto mais alto onde tínhamos uma boa vista do deserto e dos hotéis que estão à sua margem.
< Depois, seguimos até um deles. Lá, poderíamos deixar nossas mochilas maiores e seguir apenas com o essencial para a noite no deserto. E no dia seguinte, assim que retornássemos do deserto pela manhã, pararíamos no hotel para tomar o café da manhã e um merecido banho antes de seguir viagem. O hotel tinha uma estrutura fantástica! Os quartos eram grandes, impecáveis e mantinham todo o charme de Marrocos em cada detalhe de decoração. Sem contar que tinha uma piscina muito gostosa de cara com o deserto.
Os quartos eram duplos, triplos ou quádruplos. Em frente ao hotel, tinha um espécie de terraço na areia com mesas e cadeiras, onde eram também servido os café da manhã.
Deixamos nossas mochilas, pegamos apenas o necessário e partimos para o deserto!
Youssef nos levou até aquele que seria nosso guia nas areias do deserto: Assú (não faço a mínima ideia de como se escreve. Mas a pronúncia era essa).
Assú é um jovem nômade que vive com sua família no deserto e às vezes realiza esses trabalhos de guia com camelos para os hotéis à beira do deserto. Uma figura calma, com feições cautelosas em seu rosto, inicialmente tímido e quieto, mas depois que começamos a puxar assunto com ele, conseguimos sim bater um papo em um sobrevivente espanhol de ambas as partes, rs.
Ele nos fez montar os camelos e nos conduziu pelas dunas até chegar ao acampamento. Foi algo tão especial e diferente caminhar pelo Saara, e ainda mais sobre um dromedário (na realidade era um dromedário mesmo e não um camêlo, rs), que até agora não consigo explicar.
Para quem não sabe, essa porção do Saara é chamada de Erg Chebbi. O Ergs são grandes porções de dunas formadas pelo vento. E podem receber um nome diferente de acordo com a região em que se encontram.
O percurso dura aproximadamente 1:30h e na ida ao acampamento existe uma parada especial. Em um dado momento Assú parou conosco, nos fez descer dos dromedários e assistir a um magnífico e encantador por-do-sol nas dunas do Saara. Uma palavra? ESPETACULAR!
Enquanto aguardávamos o espetáculo, outras pessoas que estavam fazendo o mesmo passeio (muitos deles brasileiros) aproveitaram para brincar de sandboard nas dunas. O hotel que usamos como base, disponibilizou as “pranchas”.
Assim que o sol baixou por trás das dunas, montamos novamente nos dromedários e seguimos por mais uns 20 minutos de viagem até o acampamento no deserto onde dormiríamos.
Quando chegamos, deixamos os dromedários próximos ao acampamento e fomos já recepcionados com o ícone da hospitalidade marroquina: o chá!
Nos sentamos ao redor de uma fogueira e aguardamos o jantar que foi servido logo em seguida. Fizemos nossa refeição dentro de uma tenda com mesas baixas e por isso, nos sentamos ao chão.
Foram servidos sopa, pão, tagine de frango e frutas.
Após o jantar, nos reunimos novamente ao redor da fogueira, abrimos o vinho que o amigo Youssef carinhosamente nos deu de presente para esse momento e conversamos, fizemos novos amigos, dançamos em volta da fogueira ao som de nossos guias berberes cantando e tocando seus tambores, cantamos, até chegar a hora de ir para a cama.
Existem também ao redor da fogueira, tendas dormitórios. Elas, assim como a tenda “restaurante”, são forradas de carpetes. Os colchões são colocados no chão, logo acima deles. Você encontrará seu colchão arrumado com lençol e cobertores.
Faz muito frio no deserto, à noite. Por isso, é bom levar uma jaqueta mais pesada para esse momento. Imagino que a média tenha sido uns 5ºC. Não chegou a ser o frio que passamos nas noites na Bolívia, mas não é de subestimar.
Um pouco mais afastada do acampamento, a poucos passos, está a tenda “banheiro”. Mas não pense que vai tomar banho por lá. Água, só a que você levar na garrafa para beber e escovar os dentes. E se quiser meu conselho… não deixe para usar o banheiro muito no final da noite. Não vai ser legal!
Tudo somado, devo dizer que esse foi o ponto alto desse tour em Marrocos com destino ao deserto do Saara. Foi simplesmente incrível a experiência de percorrer uma pequena porção do “maior” deserto de terra do mundo sobre um dromedário e dormir em um acampamento no deserto.
O sucesso desse passeio se deu também pelo cuidado que Youssef e a Saha Tours tiveram conosco o tempo todo. Agradecemos muito!
DICAS
– Além de sua bagagem maior, leve uma pequena mochila. Ela será útil para você colocar os itens essenciais para dormir no deserto como: água, material de higiene, snaks, e acho que só! Não pense que vai tomar banho por lá… Então, manere nos itens essenciais.
– Leve uma jaqueta mais pesada para passar a noite no deserto.
– Sinceramente, não vejo a necessidade de levar pijama. Como serão poucas horas que irá dormir, no meu caso, dormi com a própria roupa do corpo.
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